A partir do século XVII, os
escravos que conseguiram fugir das fazendas e dos engenhos começaram a
reunir-se em lugares seguros e alí ficavam vivendo em liberdade, longe de seus
senhores. Estes lugares ficaram conhecidos por “quilombos” e seus habitantes, “quilombolas”.
No princípio para poder viver, os
quilombolas praticavam assaltos ás fazendas e povoados mais próximos. Pouco a
pouco, foram se organizando, cultivando a terra e trocando parte das colheitas
por outras coisas de que precisavam.Apesar dos inúmeros ataques que realizaram, os brancos não conseguiram arrasar os quilombos, como era sua intenção.
Os quilombos estavam bem reforçados, os negros eram corajosos e , ainda por cima, lutavam pela liberdade!
Os negros tinham uma desvantagem: estavam cercados. Enquanto os atacantes podiam conseguir reforços e munições de fora, principalmente contando com o interesse do governo, os quilombolas encontravam-se sozinhos e apenas podiam contar com o que possuíam.
Quando isto se deu, muitos negros fugiram para o sertão. Outros suicidaram-se ou renderam-se aos atacantes. Imaginem o destino dos que se renderam...
Como sabem, os nossos abolicionistas homens que lutavam para acabar com a escravidão no Brasil, não mediam sacrifícios para libertar e proteger os escravos.
Os abolicionistas trataram, então, de organizar refúgios seguros nas matas e nas serras, onde os fugitivos pudessem aguardar, em paz a hora da liberdade...
Que foi concedida pela princesa Isabel.