terça-feira, 4 de setembro de 2012

O Quilombo dos Palmares


 

 
A partir do século XVII, os escravos que conseguiram fugir das fazendas e dos engenhos começaram a reunir-se em lugares seguros e alí ficavam vivendo em liberdade, longe de seus senhores. Estes lugares ficaram conhecidos por “quilombos” e seus habitantes, “quilombolas”.
No princípio para poder viver, os quilombolas praticavam assaltos ás fazendas e povoados mais próximos. Pouco a pouco, foram se organizando, cultivando a terra e trocando parte das colheitas por outras coisas de que precisavam.
Apesar dos inúmeros ataques que realizaram, os brancos não conseguiram arrasar os quilombos, como era sua intenção.
Os quilombos estavam bem reforçados, os negros eram corajosos e , ainda por cima, lutavam pela liberdade!
Os negros tinham uma desvantagem: estavam cercados. Enquanto os atacantes podiam conseguir reforços e munições de fora, principalmente contando com o interesse do governo, os quilombolas encontravam-se sozinhos e apenas podiam contar com o que possuíam.
Quando isto se deu, muitos negros fugiram para o sertão. Outros suicidaram-se ou renderam-se aos atacantes. Imaginem o destino dos que se renderam...
Como sabem, os nossos abolicionistas homens que lutavam para acabar com a escravidão no Brasil, não mediam sacrifícios para libertar e proteger os escravos.
Os abolicionistas trataram, então, de organizar refúgios seguros nas matas e nas serras, onde os fugitivos pudessem aguardar, em paz a hora da liberdade...
Que foi concedida pela princesa Isabel.

 

 Lucas Zaramello

 

 

 

 

 

Os fogos misteriosos


 

Conta a lenda que há muito tempo atrás tinha um fogueteiro que fazia as festas ficarem coloridas.
O nome dele era Gaudeci e mesmo depois de morto continua soltando o seu foguetório.
Gaudeci era apaixonado por fogos, ele fazia fogos lindos e também era o maior fogueteiro do mundo só ele sabia fazer aqueles lindos fogos. Ele fazia fogos de tudo quanto é jeito.
Mas Gaudeci tinha muitos inimigos entre eles o coronel Fabio.
Eu nunca vi tanto ódio na minha vida. Os dois não podiam se ver que já começavam a discutir.
E tudo começou por causa dos fogos.
O Coronel Fabio fazia muitas festas em suas terras.
E quando junho chegava a fazenda era a mais procurada, não havia quem não falasse bem dessa festa. Era uma das mais bonitas que já viram. O Coronel Fabio não gostava dos fogos.
Um dia o empregado do Coronel Fabio procurou por Gaudenci para contratar os seus serviços. Disse que o Coronel havia pedido.
Depois de muito insistir, Gaudeci acabou aceitando.
Ao chegar na festa, começou o fogueteiro , um mais lindo que o outro, todos feitos por ele.
O Coronel Fabio sempre ficava em sua varanda apreciando as festas, mas ao ver que Gaudeci estava la com os seus fogos se aproximou e puxou conversa.
- Ah , então resolveu vir nos prestigiar com os seus fogos?
Gaudeci ficou sem entender, pois havia ido a pedido do Coronel. Depois de discutirem chamaram o empregado que o havia convidado.
Mesmo ouvindo as desculpas do empregado Gaudeci e o Coronel continuaram discutindo.
E Gaudeci lhe prometeu vingança, que iria soltar fogos todas as noites até que o Coronel lhe fosse pedir perdão.
E mesmo depois de morto, se ouve os sons dos fogos no céu.

 Nicolly

 

 

A Erva Mate


 
 

Um dia Tia Regina conversava com Marisa e as outras crianças brincavam no quintal.
Então Marisa falou:
- Os Gaúchos gostam bastante de chimarrão né tia?
- É eles gostam bastante Marisa.
Muito pensativa ela perguntou de novo:
- Como que eles descobriram o Mate? Descobriram que poderia ser algum tipo de bebida?
- É uma bela pergunta em Marisa! Quem será que fez o primeiro Mate.
Como os antigos sabiam o que podia beber e o que não podia? Ouvi uma vez a história do Mate.
- Conta tia.
Falou Marisa empolgada.
- Tudo bem vou contar.
Falou tia Regina.
Mal ela começou a falar e todas as crianças já se juntaram.
E ela começou:
- Há muito tempo havia uma tribo que vivia em um local da mata.
Mas com o tempo a caça foi acabando e não tinha mais comida, então se mudaram.
Um índio que era velho e não acompanhava a tribo ficara sozinho quase sem comida com sua filha.
Só se alimentavam de frutas e água.
Até que um dia o índio foi a floresta.
De repente a folhagem começou a mexer.
Ele paralisou pois corria devagar e ficou esperando atacar.
Foi quando saiu um homem pobre com fome pedindo comida.
O homem o levou e o alimentou, mesmo lembrando que a comida estava faltado, depois de moradia a ele.
No outro dia ele estava de pé cortando lenha.
O velho índio disse para ele não cortar lenha pois era um hóspede.
Ele falou:
- Vocês me deram comida mesmo faltando.
Depois contou que era enviado de Chupã e que eles podiam pedir 3 coisas.
Ele falou:
- Quero um companheiro para me ajudar, assim não ficarei sozinho.
Ele falou que iria arrumar um companheiro para ele.
- E a sua filha – ele falou- agora ela seria a deusa dos ervais.
Numa outra tribo dois amigos brigaram e um matou o amigo e foi banido.
Como a comida estava pouca ele estava fraco e poderia morrer.
Então encontrou a índia dos ervais que passou o mate para ele experimentar e falar para todas as pessoas que encontrasse sobre o Mate.
Um dia seus amigos da tribo se perderam e o que foi banido os ajudou a voltarem para a tribo.
Falou para eles experimentarem o Mate e passar para os outros e assim foi descoberto o Mate.

 Maria Eduarda

 

Lendas do Rio São Francisco


 

O Rio São Francisco possui muitas lendas sobre figuras estranhas e assustadoras. Os barqueiros carregam na proa dos barcos carrancas com esculpidas que acreditam afugentar os seres que habitam as águas.
Envolve muitas crendices, seres mitológicos e histórias sobre a mãe d’água, o minhocão e o caboclo d’água.
Diz a lenda que o Caboclo d’água mora no lugar mais fundo do rio, numa gruta de ouro e persegue sem dó os barqueiros.
Ele vira as embarcações e afugenta os peixes, para prejudicar os pescadores. E tem um couro tão duro, que nem balas penetram.Para se livrar dele é preciso lhe entregar um pedaço de fumo.
O minhocão possui grande velocidade e força. O abo do bicho atinge as embarcações. Não há balas que atravesse a pele dele.
Ele vive nas profundezas do Rio São Francisco e sai furando a terra. E gosta de apavorar os viajantes.
Pedro

A Lagoa Azul


 

Havia uma linda moça, filha única e seu pai lhe dava o que havia de melhor. Ela era filha de um rico e ambicioso garimpeiro. O seu nome era Dalva.
O mal era que o orgulho o escravizava e consequentemente a filha. Nem o rosto ela podia mostrar.
Todas as vezes que um moço se aproximava dela, o pai mandava surrar.
Certo dia Dalva foi passear pelo campo próximo a Lagoa Azul com as suas mucamas e tirou o véu do rosto, mesmo sobre os protestos das fiéis escravas.
Foi quando um lindo jovem apareceu e começou a conversar. Ambos não paravam de se olhar e combinaram que iriam fazer trocas de bilhetes e que uma das mucamas seria a recadeira.
E assim foram passando os dias e o casal cada vez mais apaixonado continuaram a se comunicar por meio de bilhetes.
Mas uma das mucamas resolveu contar ao pai da moça, pois era muito ambiciosa e pensou que ele ia lhe dar dinheiro pela informação.
O pai da moça ficou enfurecido e pediu que os escravos fossem a captura do tal moço, após surrar até a morte a mucama.
Dito e feito o moço estava na Lagoa Azul dando água ao seu cavalo, quando os escravos o mataram e o enterraram ali mesmo.
O pai correu contar para a filha, achando que era uma grande vantagem. Ela não precisava mais se preocupar porque a mucama e o moço estavam mortos e não iam mais incomodá-la.
Dalva, saiu com seu cavalo tão desesperada, correndo tão rápido como o vento que nem mesmo o pai e os escravos a alcançaram.
A moça se atirou na Lagoa Azul e nunca mais a encontraram.Dizem que ela sempre aparece e fita os garimpeiros nos olhos, na esperança de encontrar o seu amado.

Patrick