quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A Carreta Dourada


Tia Regina estava passeando pelas verdejantes campinas, junto de seus cinco amiguinhos que iam pela relva.E no caminho se depararam com uma enorme carroça, puxada por três parelhas de boi, isto é três bois de cada lado.
Ana Maria, comentou sobre o ranger de rodas.
E Tia Regina responde que sempre gostou de ouvir esse ranger, pois fazia-lhe acreditar que a carroça conversava com ela,. E começa a contar a seguinte história:
Um velho comerciante, que vendia seus objetos, de cidade em cidade, tinha apenas o ranger da rodas da carroça para espantar sua solidão.
E lamentava a pobreza desanimado quando ouvia claramente a voz da carroça dizendo-lhe palavras de coragem e consolo.
Certo dia a carreta lhe disse que sua sorte iria mudar.
Meses depois chegando a uma cidadezinha, quando uma pobre mulher viúva que trocou seu velho quadro que trazia por uma panela de ferro.
O homem pensou em não aceitar, mas acabou concordando para ajudar a pobre mulher.
Jogou o quadro em um canto da carroça e seguiu viagem. A carreta lhe disse que a sua sorte começou a melhorar. Ele não sabia como, mas ela disse:
- Espere e você verá.
Chegando numa cidade um tanto rica, vendeu quase tudo o que tinha.
E um senhor rico quis comprar o quadro e enfiou nas mãos do homem rolos e rolos de notas. O homem disse que sim, e ficou muito alegre com a quantia que recebeu pelo quadro.
Com a carreta vazia seguiu viagem e a carreta começou a lhe dar conselhos:
- Voltem os para nossa cidade. Lá você comprará terra e alguns bois. Logo será um rico estancieiro.
Seguindo os conselhos da carreta assim o fez.
A carreta disse-lhe para procurar a pobre mulher e dar-lhe algum dinheiro.
 Ele não concordou e ficou zangado, pedindo que não tocasse mais no assunto.
A carreta aborrecida não falou mais com ele e seu ranger tornou-se igual ao das outras carretas.
O homem muito ocupado, acabou abandonando-a num canto, e os bois abandonados no pasto.
Tempo depois os seus negócios começaram a ir mal.
Preocupado com os prejuízos, percebeu que isso aconteceu depois que abandonou a carreta.
Mandou os empregados consertá-la e arrumassem os bois. E partiu. Agora ia ouvir novamente seus úteis conselhos, mas ela não respondeu, as rodas não rangiam.
Ficou pensando no mistério e concluiu que devia dar dinheiro a pobre mulher, mas de nada adiantou.
A solução era cobri-la de ouro. Ficou linda, porém não conseguiu nada.
Aos poucos foi ficando cada vez mais pobre. Foi obrigado a negociar outra vez, de cidade em cidade com a carreta pelos caminhos sem fim.
Nunca mais ele voltou a falar. Com o tempo concluiu que ela havia morrido de tristeza.
Era a única carreta que não rangia.

Vinícius Pasian Barbosa




Um comentário:

  1. Parabéns Vincicus
    Sua reescrita ficou excelente. continue lendo, pois isso só lhe facilitará no momento de escrita.

    ResponderExcluir