Existia um menino muito pretinho
que atendia pelo nome de Negrinho. Ele trabalhava para um estancieiro muito
malvado e avarento.
Sempre dava um castigo para o
pobre Negrinho. O castigo era uma surra de chibatadas e ficar pastoreando os
cavalos sem dormir ou comer.
E assim iria o pobre Negrinho e
como se não bastasse o estancieiro tinha um filho que adorava aprontar e
colocar a culpa do Negrinho.
O estancieiro tinha um baio muito
veloz e um dia ao discutir com um vizinho, apostou o seu baio era muito mais
veloz do que o baio do vizinho.
Marcaram o dia da corrida e quem
iria montar o baio, seria o Negrinho.
O pobre ficou apavorado, só em
pensar que poderia perder e já sabia o castigo que ia receber.
Estava tudo indo muito bem, mas
de repente baio foi ficando para trás e
o vizinho venceu a corrida.
O Negrinho ficou apavorado e saiu
cabisbaixo. O estancieiro logo pediu para que ele fosse até lá. E sem
pestanejar deu-lhe várias chibatadas o Negrinho estava praticamente morto,
quase sem vida. O estancieiro o julgando morto pediu que o jogassem em um
formigueiro, e em seu lugar, apareceu de pé o Negrinho ao lado da Virgem Maria,
quem ele tinha como madrinha,
O estancieiro sem palavras
ajoelhou-se e o Negrinho e a Virgem desapareceram.
O Negrinho montado no baio sumiu
pelos pampas e nunca mais foi visto.
Leonardo Lima
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