quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O neguinho do pastoreio


Existia um menino muito pretinho que atendia pelo nome de Negrinho. Ele trabalhava para um estancieiro muito malvado e avarento.

Sempre dava um castigo para o pobre Negrinho. O castigo era uma surra de chibatadas e ficar pastoreando os cavalos sem dormir ou comer.

E assim iria o pobre Negrinho e como se não bastasse o estancieiro tinha um filho que adorava aprontar e colocar a culpa do Negrinho.

O estancieiro tinha um baio muito veloz e um dia ao discutir com um vizinho, apostou o seu baio era muito mais veloz do que o baio do vizinho.

Marcaram o dia da corrida e quem iria montar o baio, seria o Negrinho.

O pobre ficou apavorado, só em pensar que poderia perder e já sabia o castigo que ia receber.

Estava tudo indo muito bem, mas de repente  baio foi ficando para trás e o vizinho venceu a corrida.

O Negrinho ficou apavorado e saiu cabisbaixo. O estancieiro logo pediu para que ele fosse até lá. E sem pestanejar deu-lhe várias chibatadas o Negrinho estava praticamente morto, quase sem vida. O estancieiro o julgando morto pediu que o jogassem em um formigueiro, e em seu lugar, apareceu de pé o Negrinho ao lado da Virgem Maria, quem ele tinha como madrinha,

O estancieiro sem palavras ajoelhou-se e o Negrinho e a Virgem desapareceram.

O Negrinho montado no baio sumiu pelos pampas e nunca mais foi visto.
Leonardo Lima

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